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Morte de adolescente em SP não tem relação com vacina contra Covid, conclui Secretaria da Saúde do estado

Jovem de 16 anos foi vacinada com a primeira dose da Pfizer contra a Covid e morreu alguns dias depois; análise apontou que a causa foi uma doença autoimune. 'Análises técnicas indicam que não é a vacina a causa provável do óbito e, sim, doença Púrpura Trombótica Trombocitopênica" (PPT)', diz secretaria.

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo concluiu que a morte de uma adolescente de 16 anos de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, em 2 de setembro, decorre de uma doença autoimune.

A jovem morreu oito dias após tomar uma dose da vacina da Pfizer contra a Covid, e o caso foi investigado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo.

“As análises técnicas indicam que não é a vacina a causa provável do óbito e sim à doença identificada com base no quadro clínico e em exames complementares, denominada “Púrpura Trombótica Trombocitopênica” (PPT)”, disse em nota a pasta, após análise conjunta realizada com 70 pesquisadores.

Segundo o estado, a PTT é “uma doença autoimune, rara e grave, normalmente sem uma causa conhecida capaz de desencadeá-la, e não há como atribuir relação causal entre PTT e a vacina contra COVID-19 de RNA mensageiro, como é o caso da Pfizer”, afirmou a secretaria.

Em 15 de setembro, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) Nacional recebeu do Cievs de São Paulo a informação de um rumor em grupos de WhatsApp de que um óbito envolvendo uma adolescente de 16 anos estaria relacionado à aplicação da vacina Pfizer.

Como a jovem havia tomado a primeira dose da vacina contra a Covid oito dias antes da morte , o protocolo, nesses casos, é o de que haja uma apuração para entender se a vacina teve ou não alguma relação com o óbito.

O Ministério da Saúde recomendou a suspensão da aplicação da vacina em adolescentes sem comorbidades, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manteve a posição da recomendar a vacina à categoria, visto que não havia nenhuma relação, até o momento, entre a morte e o imunizante.

Na quinta-feira (16), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu a restrição e mencionou “casos sob investigação”: “Por enquanto, por questão de cautela, temos eventos adversos a serem investigados, temos adolescentes que tomaram vacinas que não estavam recomendadas, temos que acompanhar”, disse.

Em ofício, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) solicitaram nesta quinta-feira (16) um posicionamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a autorização para uso da vacina Pfizer em adolescentes de 12 a 17 anos. O imunizante é o único autorizado para uso em adolescentes.

Em nota, a Anvisa afirmou ter sido notificada sobre o caso na quarta (15) e que “no momento, não há uma relação causal definida entre este caso e a administração da vacina”. A agência também afirmou que os dados recebidos são preliminares e precisam de aprofundamento para “confirmar ou descartar a relação causal com a vacina”

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